Só
para fazer sorrir uns e franzir o sobrolho a outros, aqui fica uma pergunta:
Quem
se recorda que as canetas Bic (laranja da escrita fina ou cristal da escrita
normal), para além de servirem para escrever e como zarabatana perfeita para
projecteis de papel, tinham o tamanho exacto para rebobinar cassetes de áudio?
Isto,
a propósito de ter sido comemorado a semana passada o 50º aniversário da
cassete e do recomeço, hoje, do ano lectivo.
E,
também a este propósito, recordo uma história que me foi contada por alguém que
conheço e sobre um seu parente, uma geração mais velho.
Teria
ele saído de Portugal e “vadiado” pela Europa. Nesse seu vadiar, terá encetado
uma relação com uma senhora, relação essa que não perdurou. Mas da qual
resultou um filho que, devido a problemas congénitos, viveu poucos anos.
O
pai, que entretanto havia ingressado na Legião Estrangeira, “conversava” com o
filho através de cassetes que gravava no aquartelamento, em África, e enviava
para a Europa. A mãe, por sua vez, gravava as conversas que ela mesma tinha com
o filho e enviava as cassetes para o pai.
Tecnologias
de há umas dezenas de anos, hoje substituídas por computadores, redes ou cartões
de memória capazes de serem esquecidos ou escondidos numa qualquer reprega de
um brinquedo.
Os
afectos, esses, são indiferentes às tecnologias!
By me
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