segunda-feira, 16 de setembro de 2013

D'outros tempos



Só para fazer sorrir uns e franzir o sobrolho a outros, aqui fica uma pergunta:
Quem se recorda que as canetas Bic (laranja da escrita fina ou cristal da escrita normal), para além de servirem para escrever e como zarabatana perfeita para projecteis de papel, tinham o tamanho exacto para rebobinar cassetes de áudio?
Isto, a propósito de ter sido comemorado a semana passada o 50º aniversário da cassete e do recomeço, hoje, do ano lectivo.

E, também a este propósito, recordo uma história que me foi contada por alguém que conheço e sobre um seu parente, uma geração mais velho.
Teria ele saído de Portugal e “vadiado” pela Europa. Nesse seu vadiar, terá encetado uma relação com uma senhora, relação essa que não perdurou. Mas da qual resultou um filho que, devido a problemas congénitos, viveu poucos anos.
O pai, que entretanto havia ingressado na Legião Estrangeira, “conversava” com o filho através de cassetes que gravava no aquartelamento, em África, e enviava para a Europa. A mãe, por sua vez, gravava as conversas que ela mesma tinha com o filho e enviava as cassetes para o pai.
Tecnologias de há umas dezenas de anos, hoje substituídas por computadores, redes ou cartões de memória capazes de serem esquecidos ou escondidos numa qualquer reprega de um brinquedo.

Os afectos, esses, são indiferentes às tecnologias!

By me

Sem comentários: