domingo, 2 de janeiro de 2011
Sem sapatos
Eu procurei. Juro que procurei.
Procurei no local do costume e nada. Dei a volta pelo bairro todo e nada também. Frustrante!
E por mais que procurasse, de olhos abertos e antenas ligadas, não encontrei um só sapato abandonado na rua.
Talvez que não fosse tão estranho se não tivesse o hábito de os encontrar, certinho como relógio suíço, sapatos na rua nesta mesma esquina e nesta data. Desde há uns anos valentes, tantos que acaba por ser rotina. Alguém chegou mesmo a alvitrar que se trataria de uma tradição de uns quaisquer emigrantes, por aqui residentes, o jogar fora sapatos velhos na passagem do ano ou no dia de ano novo.
Certo é que este ano nada. Nadica mesmo!
E algumas explicações se podem pôr:
1 – Esses hipotéticos emigrantes já cá não residem, tendo mudado de bairro ou regressado à terra natal;
2 – A crise está de tal forma que já nem dos sapatos velhos se livram;
3 – A crise atingiu tamanha proporção que há quem, em sabendo do hábito, dê uma volta bem cedo de manhã, tentando aproveitar o que outros entendem por já sem préstimo.
Seja como for, sapatos velhos no ano novo, nem um!
Texto e imagem: by me
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