sábado, 29 de janeiro de 2011
Como um camelo
Eu sei que há gente que não entende esta estratégia. E que há mais gente ainda que, entendendo-a, é incapaz de a por em prática.
Mas também é verdade que não pretendo que os demais sigam os meus passos. O mais que quero é que conheçam tantos caminhos quantos os possíveis e que, deles todos, criem o seu próprio. Que do meu conheço eu os espinhos e não o recomendo
Levanto-me eu da cama com, pelo menos, duas horas de antecedência ao que seria normal e estritamente necessário para sair de casa.
Essas duas horas uso-as eu para fazer coisas de que gosto, coisas que me dão prazer e satisfação, coisas que me põem a sorrir e de bem com a vida e comigo mesmo.
Assim, quando saio para a rua, e tal como um camelo ao iniciar uma longa jornada no deserto, levo uma boa reserva de boa-disposição, preparado para as provações que nos esperam no dia-a-dia: filas, impostos, políticos, preços, oportunistas e mal-educados…
Estes pequenos nadas, cada um deles bem grande quando acontece, vão gastando essa minha reserva de bom humor. E se tudo correr normalmente, em chegando ao fim do dia essa minha reserva consegue ser ainda maior que o acumular de incómodos e desagrados somados na jornada.
Isto ao invés da maioria das pessoas, que saem para a rua com os depósitos a zero, vão somando os aspectos negativos da vida ao longo do dia e em lhe chegando ao final têm que procurar compensações que o mau depósito está cheio.
Esta estratégia, que descobri ou inventei a duras penas, permite-me ir tomar o cafezinho matinal ou chegar ao trabalho com um sorriso de orelha a orelha, senão visível mesmo, pelo menos na alma.
E haverá melhor que enfrentar a vida sorrindo?
Texto e imagem: by me
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