terça-feira, 11 de novembro de 2014

Taxas



Se eu bem entendo sobre esta novel taxa a forasteiros (entrada de turistas em Lisboa e dormida de turistas em Lisboa), o objectivo é pôr os de fora a pagar investimentos cuja vantagem recairá eventualmente sobre os residentes em Lisboa.
Mas esse investimento passará pela destruição liminar de algo que é icónico na cidade, mesmo que ao abandono: o pavilhão Carlos Lopes, em tempos “dos desportos”.
Isto, claro, sem perguntar aos residentes em Lisboa se querem perder tal equipamento, cujo estado de degradação real se deve à incúria do município, fossem qual fossem as formações políticas a presidi-lo.
No entanto, e se eu bem entendi daquilo que li sobre a matéria, essa destruição de um bem público maltratado será para ser gerido e explorado por privados.
Por outras palavras: os forasteiros irão pagar a destruição do que é português e alfacinha para benefício de alguns poucos, que podem até nem ser portugueses ou residir em Lisboa.

O senhor que teve esta ideia, por mero acaso, não é assessor do actual primeiro-ministro?


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