terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dignidades ferroviárias



Parece que a Espanha vai investir e bem nas linhas ferroviárias de alta velocidade. E espera que Portugal lhe siga o exemplo.

Se for para manterem a mesma atitude de há uns anos, repetirei o que fiz no passado: não utilizar esses comboios. Lá ou cá.
É que em Madrid, tal como em Barcelona, o acesso a tais composições fazia-se como se fosse num aeroporto: pórtico com detectores de metais para pessoas, raio-x para malas e sacos.
Acontece que entendo isto como um insulto!
Partem do princípio que sou criminoso, que sou potencial terrorista, e tenho que demonstrar que sou inocente e sem más intenções.
E isto é a inversão do princípio da presunção de inocência que rege a lei e a minha cartilha pessoal. Não colaboro!
Tal como me recuso a andar de avião, por muito divertido, cómodo e rápido que seja, também me recuso a andar nestes comboios.
A minha dignidade, assim como o orgulho em ser como sou, assim mo impedem!
Manter-me-ei como cliente dos “ronceiros” comboios clássicos e das camionetas apertadas.
Pelo menos aí não me insultam.


Imagem: jornal Público
By me

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