Ontem tive na
minha mão uma objectiva cujo conceito de funcionamento já não via há muito.
Tratou-se de uma
Tamron Adaptal SP2. Tenho uma deste sistema, o que me fez ficar “guloso” por
ela.
Os sistemas “Adaptal”
tal como os “T2”, os “M42” e outros, baseavam-se no conceito em que o que
importa é a qualidade da objectiva. O sistema de montagem na câmara poderia ser
universal.
Alguns fabricantes
usavam o encaixe de rosca como base do que construíam, outros vendiam as suas objectivas
sem que fosse possível usá-las sem um anel adaptador, que também fabricavam. Usável
em todas as objectivas da marca e dedicados à câmara em questão.
Nos tempos que
correm, a concorrência desenfreada dos fabricantes faz com que cada um use
patentes próprias, com sistemas de encaixe, contactos eléctricos e tiragens
(distância do encaixe ao sensor) exclusivos, limitando a panóplia de objectivas
disponível aos fotógrafos.
Passou a ser mais
importante o exibir a marca do que se possui que a qualidade do que se faz.
Isto leva a que os
fabricantes independentes, como é o caso da Tamron ou da Sigma, para não citar
outros, produzam e coloquem no mercado objectivas dedicadas na proporção do que
se vende dessas marcas de câmara. Deixando de parte quem usa marcas “minoritárias”,
mesmo que de qualidade.
A especialização,
as guerras comerciais e o consumismo desenfreado só trazem proveito aos
fabricantes.
A objectiva que me
fez salivar ficou na loja. O seu estado de funcionamento era tão deplorável que
só por um quarto do preço me atreveria a trazê-la e só pela graça e para peças.
Na imagem, a
traseira de uma Tamron Adaptal SP2 (90mm f/2.5), com o anel para Pentax ao
lado.
By me
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