terça-feira, 25 de novembro de 2014

Adaptal SP2



Ontem tive na minha mão uma objectiva cujo conceito de funcionamento já não via há muito.
Tratou-se de uma Tamron Adaptal SP2. Tenho uma deste sistema, o que me fez ficar “guloso” por ela.
Os sistemas “Adaptal” tal como os “T2”, os “M42” e outros, baseavam-se no conceito em que o que importa é a qualidade da objectiva. O sistema de montagem na câmara poderia ser universal.
Alguns fabricantes usavam o encaixe de rosca como base do que construíam, outros vendiam as suas objectivas sem que fosse possível usá-las sem um anel adaptador, que também fabricavam. Usável em todas as objectivas da marca e dedicados à câmara em questão.
Nos tempos que correm, a concorrência desenfreada dos fabricantes faz com que cada um use patentes próprias, com sistemas de encaixe, contactos eléctricos e tiragens (distância do encaixe ao sensor) exclusivos, limitando a panóplia de objectivas disponível aos fotógrafos.
Passou a ser mais importante o exibir a marca do que se possui que a qualidade do que se faz.
Isto leva a que os fabricantes independentes, como é o caso da Tamron ou da Sigma, para não citar outros, produzam e coloquem no mercado objectivas dedicadas na proporção do que se vende dessas marcas de câmara. Deixando de parte quem usa marcas “minoritárias”, mesmo que de qualidade.
A especialização, as guerras comerciais e o consumismo desenfreado só trazem proveito aos fabricantes.

A objectiva que me fez salivar ficou na loja. O seu estado de funcionamento era tão deplorável que só por um quarto do preço me atreveria a trazê-la e só pela graça e para peças.

Na imagem, a traseira de uma Tamron Adaptal SP2 (90mm f/2.5), com o anel para Pentax ao lado.

By me 

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