quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Eventos



É daquelas coisas para as quais não tenho grande paciência: eventos.
Apesar de o termo se ter banalizado e qualquer gato de telhado criar e divulgar um evento, a verdade é que há eventos e eventos. E aqueles para os quais não tenho grande paciência são os eventos à moda antiga: inaugurações, vernissages, estreias de palco ou ecrã… este tipo de eventos.
Este meu não gosto por estes eventos prende-se, principalmente pela formalidade da coisa. Muitas vezes se exige traje especial, há uns beberetes e uns minúsculos salgaditos, umas vezes insípidos, outras hiper-salgados, há toda uma atitude colectiva em que é obrigatório elogiar o autor do evento, gostemos ou não do que vemos e, bem pior, digamos o que dissermos no dia seguinte.
Não tenho, de todo, paciência para eventos hipócritas. Ponto final!

Mas há um evento de estreia a que gostaria de assistir. Na primeira fila e com a certeza de que iria aplaudir veementemente e de pé. Mais ainda: se me fosse possível, participaria como se de meu se tratasse.
Falo, naturalmente, da primeira pedra.
É sempre interessante assistir ao nascimento de algo que desejamos do coração, o início de uma era diferente e para melhor. A colocação da primeira pedra é sempre isso. Ou o lançamento da primeira pedra.
E se há um evento desses a que não faltaria seria o lançamento da primeira pedra, e de todas as outras, sobre alguns tipos que cá conheço. E que muitos conhecem também, infelizmente.
Mas sendo que sou tolerante e em alguns aspectos não muito exigente, a colocação ou lançamento desta primeira e seguintes pedras poderia acontecer de várias formas. Assim, de repente, lembro-me de duas: as arremessadas de uma plateia ou praça, com força e pontaria suficientes, ou a colocação da primeira de várias pedras funerárias, sólidas, definitivas e inequívocas.

A qualquer um destes eventos não gostaria eu de faltar!

By me

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