É daquelas coisas
para as quais não tenho grande paciência: eventos.
Apesar de o termo
se ter banalizado e qualquer gato de telhado criar e divulgar um evento, a
verdade é que há eventos e eventos. E aqueles para os quais não tenho grande
paciência são os eventos à moda antiga: inaugurações, vernissages, estreias de
palco ou ecrã… este tipo de eventos.
Este meu não gosto
por estes eventos prende-se, principalmente pela formalidade da coisa. Muitas
vezes se exige traje especial, há uns beberetes e uns minúsculos salgaditos,
umas vezes insípidos, outras hiper-salgados, há toda uma atitude colectiva em
que é obrigatório elogiar o autor do evento, gostemos ou não do que vemos e,
bem pior, digamos o que dissermos no dia seguinte.
Não tenho, de
todo, paciência para eventos hipócritas. Ponto final!
Mas há um evento
de estreia a que gostaria de assistir. Na primeira fila e com a certeza de que
iria aplaudir veementemente e de pé. Mais ainda: se me fosse possível,
participaria como se de meu se tratasse.
Falo, naturalmente,
da primeira pedra.
É sempre
interessante assistir ao nascimento de algo que desejamos do coração, o início
de uma era diferente e para melhor. A colocação da primeira pedra é sempre
isso. Ou o lançamento da primeira pedra.
E se há um evento
desses a que não faltaria seria o lançamento da primeira pedra, e de todas as
outras, sobre alguns tipos que cá conheço. E que muitos conhecem também,
infelizmente.
Mas sendo que sou
tolerante e em alguns aspectos não muito exigente, a colocação ou lançamento
desta primeira e seguintes pedras poderia acontecer de várias formas. Assim, de
repente, lembro-me de duas: as arremessadas de uma plateia ou praça, com força
e pontaria suficientes, ou a colocação da primeira de várias pedras funerárias,
sólidas, definitivas e inequívocas.
A qualquer um
destes eventos não gostaria eu de faltar!
By me
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