Uma ocasião, há
muitos anos, fui fazer umas fotografias nocturnas ali para a avenida Defensores
de Chaves, em Lisboa.
Estava eu
entretido e solitário a fazer o que me propunha quando fui abordado por uma
patrulha da PSP, que chegara de carro.
Queriam saber o
que estava eu ali a fazer, quem era eu, os meus documentos… o costume.
Apresentados os
documentos em regra e usando de um tom coloquial e sarcástico, quis eu saber o
que se passava e o que havia motivado a sua intervenção.
O meu cartão
profissional havia acalmado a raiva dos esbirros e, com algumas desculpas implícitas,
disseram-me que alguém havia apresentado queixa. Mas que estava tudo bem.
Foram-se embora,
eu terminei o que queria e regressei pelo mesmo caminho, em direcção à paragem
de autocarro.
No trajecto fui
mimoseado com alguns insultos e ameaças. A minha presença, nada discreta, e ainda
que isolado e longe da zona do negócio, havia afastado clientes às prostitutas que
ali trabalhavam. E os proxenetas, no seu papel de protectores do negócio,
haviam chamado a polícia. Que foi.
Esta história, verídica,
é velha de muitos anos.
Mas por algum motivo
os recentes acontecimentos mediáticos ma lembraram.
E a imagem, que
não é nocturna, nem dessa época, nem desse local, foi a que me apeteceu
repescar do arquivo.
By me
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