sexta-feira, 6 de junho de 2014

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É nova. Bastante nova.
Morava aqui no bairro, junto com o companheiro e o filho, de tenra idade.
Via-os com frequência, a qualquer hora, junto a um ou outro café aqui da rua. E a criança, que conheci ainda de mama, já tentava correr atrás de bolas. E pedia gomas com o seu ainda curto vocabulário.
Depois…
Depois deixei de ver o companheiro. Apenas ela e o filho, as mais das vezes na rua, que não tem consumo obrigatório. Ou com amigos, em torno de uma mesa no café, com uma única chávena no meio deles.
Depois…
Depois ouvi-lhe, sem querer, uma conversa telefónica com alguém, queixando-se de não ter com que dar de comer ao filho.
Um dia vi-a e ao filho, ao balcão do café, junto com um homem já quarentão. Os sorrisos eram meio tristes e, em torno de um eventual raspadinha, comentou ela que “quem não tem sorte aos amores…”
Deixei de os ver.


O que é que é preciso aclarar?

By me

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