O
enredo original não é meu, pelo que apenas tentarei reproduzi-lo de memória.
Um
homem, muito rico, muito muito muito rico, contraiu uma doença incurável, da
qual sabia ir morrer.
Usando
dos seus recursos e do tempo de que ainda dispunha, contratou os melhores e
mais sabedores cientistas e dividiu-os em dois grupos, atribuindo-lhes duas
tarefas distintas, com fundos ilimitados de investigação:
A
um deles a criação de um sistema de suspensão de vida, à qual ele mesmo seria
submetido. Desta forma, em encontrando solução para a sua doença, poderia ser “acordado”
e curado.
Ao
outro, a criação de uma fundação para a investigação e descoberta da cura da
sua doença.
Assim,
ele foi colocado numa esfera imperecível, enterrada bem fundo nos Himalaias. No
seu exterior, inscrições e instruções de como o “acordar”. Se e só se a cura
tivesse sido encontrada.
O
tempo passou. E passou. E continuou a passar. Desse homem já nem a memória
existia. E continuou a passar.
Os
Himalaias transformaram-se em planície. E o tempo continuou a passar. E na planície
emergiu uma nova montanha, alta e agreste com a anterior.
E
o tempo continuou a passar. E a passar. E a passar.
Até
que, fruto da erosão, a esfera onde o homem “dormia”, surgiu à superfície.
Brilhante e impoluta como tinha sido concebida.
Quem
a encontrou mostrou-a a sábios, que já nem se lembravam da sua existência. E o
tempo tinha passado de tal forma que já nem se sabia como ler as inscrições no
seu exterior.
Mas
os desafios são para serem vencidos e acabaram por decifrar. E cumprir as instruções,
abrindo-a e acordando-o.
Em
abrindo os olhos e tomando consciência do que o rodeava, o homem percebeu que
haviam perdido a batalha contra os insectos.
By me
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