Se outra utilidade
não tiver, sempre se pode dizer que uma janela serve para quebrar a opacidade
das paredes, permitindo que a luz passe nos dois sentidos.
Ou, se preferirem,
para ver e ser visto de fora p’ra dentro e vice-versa.
Por isso mesmo, chateia-me
a moleirinha a moda publicitária de tapar parcialmente as janelas dos
transportes públicos com telas perfuradas. Que, de longe e de fora, permitem
poluir visualmente o ambiente, impondo consumos e ideias.
Mas que, de
dentro, opacitam parcialmente os vidros. E se de dia há luz suficiente no
exterior para que a paisagem, mesmo que a suburbana e quase sempre igual, seja
vista, de noite, com o negrume do exterior e as luzes interiores a
reflectirem-se no vidro assim espelhado, impedem que o vulgar passageiro,
olhando p’ra fora, identifique o local onde se encontra.
Raisparta a
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By me
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