Leio
um artigo de jornal onde consta o protesto dos lojistas da avenida da
Liberdade, em Lisboa, contra a realização do pic-nic nessa artéria no próximo sábado.
Dizem
eles que aquele tipo de eventos, com aquele tipo de participantes, lhes vai
estragar o negócio e que deveria acontecer em qualquer ou lugar (parque Eduardo
VII, praça do Comércio, parque da Bela Vista…), mas não ali, em frente das suas
lojas e fechando o trânsito.
Acredito
que não gostem.
Que
aquele evento, gratuito e acessível a todos e todas as bolsas, não irá permitir
que se negoceiem relógios, perfumes, cuecas, canetas, camisas, malas, camisas
ou sapatos cujo custo unitário é, em muitos casos, muito acima do que auferem
anualmente a maioria dos que ali se irão deslocar. E não ficará nada bem
aqueles popós repletos de exclusividade à mistura com couves e galinhas, burros
e cenouras, carroças e pepinos.
Para
já nem referir a despesa inútil que será o pagarem a tantos agentes da polícia
para garantirem a tranquilidade de lojas, clientes e viaturas.
Acrescentam
os lojistas que o município deveria, no lugar de apoiar estas iniciativas, era
preocupar-se com o estado dos passeios e asfalto da “10 avenida” e assegurar
que os “sem abrigo” pernoitem noutros lugares que não nos seus vãos de escada.
A
vontade que eu tenho de, no próximo Sábado, em vez de ir fotografar o que tenho
em mente, ir ali dar um bom uso às pedras da calçada portuguesa…!
By me
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