segunda-feira, 9 de junho de 2014

Diversões



Volta e meia repito a brincadeira:
Em chegando a um café, encosto no balcão e peço um café sem manteiga.
É mais divertido que um filme do Chaplin.
Ficam a olhar para mim, tentando descobrir se estou a gozar com eles ou, estando a falar a sério, de que hospício terei saído.
E eu estou mesmo a falar a sério! Se por um lado olharam para mim, fixaram a minha cara e pedido e este vem mais rápido, por outro quero mesmo um café sem manteiga. Já provei com e não gosto.
Também poderia pedir sem espinhas, mas como é pouco provável que ponham espinhas no café…

Já estou, portanto, habituado a que olhem p’ra mim meio de lado.
Por isso não fiquei incomodado quando olharam p’ra mim desse modo depois de me ouvirem pedir três artigos, iguais e que eram para estragar com um canivete.
Fizeram um ar condescendente, assumiram a atitude de “o cliente tem sempre razão” e entregaram-me o que pedi.


Divirto-me à brava nesta sociedade cada vez mais padronizada, e normalizada, a ser eu mesmo e consumir o que quero e como quero, e não o que me querem impingir, fruto de modas e ditames de fabricantes.

By me 

Sem comentários: