Volta e meia
repito a brincadeira:
Em chegando a um
café, encosto no balcão e peço um café sem manteiga.
É mais divertido
que um filme do Chaplin.
Ficam a olhar para
mim, tentando descobrir se estou a gozar com eles ou, estando a falar a sério,
de que hospício terei saído.
E eu estou mesmo a
falar a sério! Se por um lado olharam para mim, fixaram a minha cara e pedido e
este vem mais rápido, por outro quero mesmo um café sem manteiga. Já provei com e não
gosto.
Também poderia
pedir sem espinhas, mas como é pouco provável que ponham espinhas no café…
Já estou,
portanto, habituado a que olhem p’ra mim meio de lado.
Por isso não
fiquei incomodado quando olharam p’ra mim desse modo depois de me ouvirem pedir
três artigos, iguais e que eram para estragar com um canivete.
Fizeram um ar
condescendente, assumiram a atitude de “o cliente tem sempre razão” e
entregaram-me o que pedi.
Divirto-me à brava
nesta sociedade cada vez mais padronizada, e normalizada, a ser eu mesmo e
consumir o que quero e como quero, e não o que me querem impingir, fruto de
modas e ditames de fabricantes.
By me
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