segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014



E diz-me aquela jovem senhora, com idade para ser minha filha e com um salário inferior ao meu:
“E não quer a factura para deduzir no IRS ou apresentar no seu seguro de saúde?”
Disse-lhe, com cara séria, que faço questão de nada apresentar para deduções e que faço questão de não ter seguro de saúde. Que quantos mais forem a alimentarem os seguros de saúde, privados, mais ineficazes serão os serviços públicos de saúde. Para os quais já descontamos com nossos impostos.
“Pois”, respondeu-me. “Mas eu não tenho vida nem me apetece ir às cinco da manhã para uma fila para conseguir uma consulta.”
Não sei se entendeu quando lhe acrescentei que quantos mais forem a ter essa atitude maior será o tempo de espera por uma consulta. Que esses, os que não têm outro remédio, p’la idade ou falta de recursos, não têm força para exigir melhores serviços.
Tive vontade de puxar dos galões à cor das minhas barbas e cabelo e dar-lhe um valente par de palmadas no rabo, que ainda está em muito boa idade de aprender umas coisas.

Só que, e para ser eficaz, teria que o fazer a mais uns milhares de pessoas e seria muito cansativo.

By me 

Sem comentários: