Quase
dez da noite.
Vou
à varanda, despedir-me do mundo antes de ir conversar com Morfeu.
Lá
em cima, o céu estrelado e frio rivaliza com as luzinhas que emanam das janelas
em redor da praceta lá em baixo, muda e queda. Que não há aragem nem carros por
perto.
Do
outro lado, talvez que daquela árvore frondosa que afronta a floresta de betão,
um pássaro saúda a noite vigorosamente. Do lado de lá dela, na outra praceta,
um cão responde-lhe.
E
repetem por três vezes as saudações ininteligíveis.
E
calam-se, tão de súbito e sem razão como haviam começado.
Não
reconheci o pássaro pelo som. O que não é importante, já que também não
identifiquei a raça do cão.
Não
tive vontade de acabar o cigarro. Nem de fotografar. O intruso era eu.
By me
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