sexta-feira, 5 de julho de 2013

O banco



Fenómeno curioso:
Na estação Roma-Areeiro, em Lisboa, e enquanto esperava p’lo comboio que me haveria de fazer regressar a casa, metade dos bancos ali colocados para descanso dos passageiros estão vazios. Rigorosamente metade deles.
Na outra metade, poucos são os que neles se sentam. E, mesmo estes, parece que a medo, na beirinha do banco, como que prontos para saltar ao primeiro aviso.
Naqueles que brilhavam p’la ausência de utilizadores, a única coisa que quebrava a uniformidade dos seus assentos era este modesto pauzinho de gelado. Suponho que não teria prémio.
Como justificação por estas escolhas, e constatando o que em comum havia entre os ocupados e os desprezados, só vejo um motivo. Mas, ainda assim não tenho certezas:
Serem de metal, terem passado todo o dia sob este sol que hoje conhecemos e que os vazios fossem os que ainda para ele estavam voltados. E, em acréscimo, o facto de a esmagadora maioria dos tecidos usados para tapar as pernas terem sido, hoje em particular, muito finos.

Ou isto ou pagava-se uma sobretaxa p’la utilização destes bancos, ecologicamente aquecidos.

By me 

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