Num país cada vez
mais dependente do que os estrangeiros queiram fazer, turismo incluído, ver os
espaços públicos cheios de gente de mapa na mão e com linguajares estranhos é
bom p’ro negócio.
Mas acontecer isso
no exacto dia em que decidimos dar um passeio turista em terra nacional, é
bera.
Espaços ocupados, preferências
por loiros ou de lenço pudico na cabeça, câmara e guias rápidos de conversação,
se tanto, faz com que usufruir do que pertence ao meu concelho seja tarefa
quase impossível.
O negócio gosta, a
alma não!
Felizmente sobram
alguns truques. Ou segredos. Locais que, aprazíveis que são, não atraem os
magotes de gente à procura da fotografia “p’ra mais tarde recordar”, ou
alimentar o palato com sensações lusas.
Na “Volta do Duche”,
em Sintra, há um assim. Esplanada, só esplanada, com um prato do dia, acrescido
de hambúrgueres e cachorros (não garanto se pizzas congeladas), nada que convença
em demasia os turistas do costume.
Excepto que há
sempre lugar sentado, à sombra, o café é bom, e suficientemente tranquilo p’ra
um tipo que queira um nico de calma em dia de folga.
Para além das
convencionais mesas e cadeiras de ferro, próprias de qualquer esplanada que se
preze, tem umas mesas e bancos de pedra, convidativas a quem traga farnel de
casa. Coisa que só os autóctones fazem, claro.
A meio da tarde, e
em passando a hora do almoço e antes da da merenda, pouco mais que pombos as
ocupam.
Para felicidade
dos nativos.
Mas é segredo, não
contem a ninguém.
By me
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