quarta-feira, 24 de julho de 2013

Analogias



Acordo ao raiar do dia e venho à varanda, num misto de boletim informativo e celebração universal.
O sol, se bem que já tivesse cruzado o horizonte, estava bem tapado por um manto de nuvens. E o céu que via da minha janela também. E cinzento plúmbeo.
A temperatura do ar, aliada à brisa que soprava fizeram arrepiar a pele e arrepiar caminho, que eram pouco consentâneas com o andar à pai Adão de quem acaba de sair da cama.
Uma hora depois voltei ao local. As informações televisivas contradiziam as recolhidas pessoalmente e quis tirar as teimas: afinal o dia vai estar bonito ou não? Estava assim, meio cá, meio lá, com as nuvens a continuarem a estar feiosas.
Quinze minutos depois estas fachadas, assim solarengas, regressaram à condição de ensombradas, que o céu voltou a fechar-se.

Não pude deixar de fazer analogias com as demais notícias tristemente ouvidas: o futuro adivinha-se pesado, cinzento, ameaçador, apesar de algumas abertas sonhadoras e de previsões optimistas.

By me 

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