quarta-feira, 17 de julho de 2013

Contextos comuns


Li, já não sei onde e faz muito tempo, que um rei da antiguidade quis aumentar o nível cultural e artístico do seu reino.
Para tal, tratou de chamar sábios de terras distantes para que, com os sábios locais, criassem novas ideias e maravilhas.
Acontece que esses sábios, vindos de terras distantes, pouco partilhavam entre si, nem mesmo a língua, quanto mais a cultura ou as premissas de base, para que algo resultasse.
A verdade é que terá resultado. E por dois motivos:
Todos tinham, de facto, vontade de criar algo de novo e, pelo facto de nada partilharem, qualquer que fosse o resultado seria inovador e não partindo de contextos ou conceitos já existentes.
Esperto, aquele rei antigo.

No caso português a coisa não vai funcionar.
Por um lado não é um reino, mas sim uma república.
Por outro, os tais de “sábios” não o são. E sabemo-lo pelos resultados do que têm feito.
Por outro ainda, partilham todos da premissa que o sistema funciona, necessitando apenas de ser afinado. Donde, nada de novo por aqui.
Por fim, partilham todos de uma terrível sede de poder, sobrepondo-se a uma verdadeira vontade de inovar.

Parvalhão, este “rei” da actualidade.

. 

Sem comentários: