terça-feira, 2 de setembro de 2014

Negócios



Em primeiro lugar, saiba-se que não gosto de futebol.
Este não gostar faz de mim, e para além de não me enquadrar na mediania, alguém a quem o assunto que vou referir não diz respeito. Só mais ou menos.

Leio um artigo num jornal onde sou informado que a mensalidade paga para se aceder ao canal televisivo “Benfica TV” aumentou 70% para os assinantes empresariais. Bares, cafés, restaurantes, hotéis. Passou de 9.90 para 16.80 euros.
A argumentação para este aumento é “reflectir neste segmento o benefício que estes operadores têm com a BTV e que não estava contemplado no valor anterior”.
Este argumento leva-me a questionar se o pagar de um serviço (televisão, mecânica, construção civil, assessoria técnica, etc.) é em função da qualidade do serviço prestado ou em função dos proveitos que o consumidor possa ter.
Por outras palavras: se eu comprar uma pedra grande, dela fizer uma estátua e a vender por 1000% o valor da pedra, serei objecto de renegociação da pedra original? Ou… terei que pagar preços diferentes pela água se oferecer banhos públicos ou cobrar por eles? Ou… se decidir iluminar a rua e, com isso, atrair clientes para o meu negócio, pago tarifas diferentes de energia?

Não sou cliente da BTV. Como disse no início, não gosto de futebol.
Mas, se fosse, deixaria de o ser.

E, já agora, não se confunda a BTV do Benfica com a BTV (Barcelona Televisió) da cidade de Barcelona. Nada têm a ver uma com a outra. Nem em conteúdos nem em objectivos nem em qualidade.

By me 

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