Em
primeiro lugar, saiba-se que não gosto de futebol.
Este
não gostar faz de mim, e para além de não me enquadrar na mediania, alguém a
quem o assunto que vou referir não diz respeito. Só mais ou menos.
Leio
um artigo num jornal onde sou informado que a mensalidade paga para se aceder
ao canal televisivo “Benfica TV” aumentou 70% para os assinantes empresariais.
Bares, cafés, restaurantes, hotéis. Passou de 9.90 para 16.80 euros.
A
argumentação para este aumento é “reflectir neste segmento o benefício que
estes operadores têm com a BTV e que não estava contemplado no valor anterior”.
Este
argumento leva-me a questionar se o pagar de um serviço (televisão, mecânica,
construção civil, assessoria técnica, etc.) é em função da qualidade do serviço
prestado ou em função dos proveitos que o consumidor possa ter.
Por
outras palavras: se eu comprar uma pedra grande, dela fizer uma estátua e a
vender por 1000% o valor da pedra, serei objecto de renegociação da pedra
original? Ou… terei que pagar preços diferentes pela água se oferecer banhos públicos
ou cobrar por eles? Ou… se decidir iluminar a rua e, com isso, atrair clientes
para o meu negócio, pago tarifas diferentes de energia?
Não
sou cliente da BTV. Como disse no início, não gosto de futebol.
Mas,
se fosse, deixaria de o ser.
E,
já agora, não se confunda a BTV do Benfica com a BTV (Barcelona Televisió) da
cidade de Barcelona. Nada têm a ver uma com a outra. Nem em conteúdos nem em
objectivos nem em qualidade.
By me
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