Acordo
cedo. Muito cedo, se considerarmos a hora em que fui dormir.
E,
enquanto preparo o café que talvez me faça esquecer o quão cedo é, olho pela
janela. Goste ou não, constato visualmente aquilo que já tinha descoberto com
os ouvidos: chove.
E,
por um qualquer motivo que ignoro, recordo de todos aqueles dias em que acordei
cedo, como hoje, e que, como hoje, constatei que chovia e que isso impedia de
concretizar o meu sonho ou projecto. E de todos aqueles dias em que ponderei o
valer ou não a pena arriscar pô-lo em prática, vivê-lo, construí-lo. E de todas
as vezes que achei que sim e que segui em frente, vencendo.
E,
também não sei porquê, lembrei-me de alguns que tive o privilégio de conhecer
que tiveram a mesma dúvida e tomaram a mesma decisão. Com o mesmo resultado. E
recordei os seus sorrisos no processo ou enquanto mo contavam.
Quaisquer
dúvidas que tivesse – e não tinha – se dissipariam com esta simples estatística:
as pessoas mais felizes que conheci foram aquelas que arriscaram pelos seus
sonhos, aqueles que puseram de pé os seus projectos, apesar das chuvas e dos
obstáculos.
E
quando fui tomar banho ia trauteando Gedeão:
“Eles
não sabem, nem sonham,
que
o sonho comanda a vida,
que
sempre que um homem sonha
o
mundo pula e avança
como
bola colorida
entre
as mãos de uma criança.”
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário