quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Penso eu de que



É verdade que sim. Dei-me ao trabalho de ver a documentação que o jornal Público divulga sobre o caso de Pedro Passos Coelho e o que recebeu na Assembleia da República.
Deixo a quem quiser o tirar conclusões, pese embora ter as minhas.
Mas o que me deixou realmente escandalizado foi a presença constante de alguns itens na folha de vencimento enquanto parlamentar do senhor em questão.
Então não é que recebia o “passe social”, no ano de 1992, no valor anual de 33625 escudos e ainda recebia num outro item identificado como “DESL. RESID/AR” com o valor anual de 251923 escudos? E nos anos seguintes repete-se, com valores maiores.

Espera lá!
Se recebia o passe social, significa que usava dos transportes públicos. Fica-lhe bem enquanto deputado ao serviço do país. Mas se recebia para se deslocar da residência para a Assembleia da República, é porque não usava de transportes públicos. Talvez que táxi ou carro alugado. Ou mesmo ao Km, em viatura própria.
Quer-me parecer que estes dois itens são incompatíveis (de novo esta expressão!).
A menos que seja habitual os deputados receberem a dois carrinhos: transporte de casa para o trabalho, em valores variáveis de mês para mês e ainda o passe social.
Se calhar esta questão das incompatibilidades não foi ou é um exclusivo deste ex-deputado.
Seria bom sabê-lo.


“Penso eu de que!”

By me

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