Dúvidas? Nenhuma! A
primavera acabou tarde e o Outono começou cedo.
E não adianta
dizer que gostamos ou que não gostamos. A natureza é assim e, felizmente, ainda
não a dominamos.
Aquilo que já não é
natural, de forma alguma, é o prazer que aparentamos ter em fazer sofrer
terceiros!
Já nem digo o que
fazemos aos seres humanos. De um modo ou de outro somos equivalentes e podemos
defendermo-nos ou ripostar.
Tal como não
refiro as corridas de toiros, as lutas de galos e o que equivalente por aí há. É
indefensável, sejam quais forem os argumentos.
Refiro-me, antes
sim, aos chamados animais de estimação ou de companhia.
Presos durante
todo o santo dia num apartamento, impossibilitados de socializar com os seus
iguais, acedendo ao ar livre se e quando os seus donos entendem, com horários
de satisfação das necessidades dependendo de relógios, nem sempre regulares,
dos humanos, “obrigados” a mostrar agrado e a procurar afagos para terem comida
e abrigo, castrados e esterilizados à revelia da sua vontade, andando à trela
de comprimento limite…
A este estado
descrito para animais de estimação contrapõem os seus “possuidores” e
negociantes que esses animais, se bem tratados, são felizes assim.
Mais ou menos o
mesmo argumento usado no passado para com os escravos.
E sendo certo que
não gostaria eu de assim viver, entendo que não devo ter animais de estimação. Que
a liberdade não pode ter limites ou condições.
E, curiosamente,
citando de novo Gedeão:
“…
Quero eu e a
natureza
Que a natureza sou
eu
E as forças da
natureza
Nunca ninguém as
venceu”
…
(in “Fala do homem
nascido”)
By me
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