domingo, 7 de setembro de 2014

Dúvidas?



Dúvidas? Nenhuma! A primavera acabou tarde e o Outono começou cedo.
E não adianta dizer que gostamos ou que não gostamos. A natureza é assim e, felizmente, ainda não a dominamos.
Aquilo que já não é natural, de forma alguma, é o prazer que aparentamos ter em fazer sofrer terceiros!
Já nem digo o que fazemos aos seres humanos. De um modo ou de outro somos equivalentes e podemos defendermo-nos ou ripostar.
Tal como não refiro as corridas de toiros, as lutas de galos e o que equivalente por aí há. É indefensável, sejam quais forem os argumentos.
Refiro-me, antes sim, aos chamados animais de estimação ou de companhia.
Presos durante todo o santo dia num apartamento, impossibilitados de socializar com os seus iguais, acedendo ao ar livre se e quando os seus donos entendem, com horários de satisfação das necessidades dependendo de relógios, nem sempre regulares, dos humanos, “obrigados” a mostrar agrado e a procurar afagos para terem comida e abrigo, castrados e esterilizados à revelia da sua vontade, andando à trela de comprimento limite…
A este estado descrito para animais de estimação contrapõem os seus “possuidores” e negociantes que esses animais, se bem tratados, são felizes assim.
Mais ou menos o mesmo argumento usado no passado para com os escravos.
E sendo certo que não gostaria eu de assim viver, entendo que não devo ter animais de estimação. Que a liberdade não pode ter limites ou condições.

E, curiosamente, citando de novo Gedeão:
“…
Quero eu e a natureza
Que a natureza sou eu
E as forças da natureza
Nunca ninguém as venceu”
(in “Fala do homem nascido”)


 By me

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