As
coisas são como são! Por vezes temos motivos sérios e sólidos para fazer o que
fazemos (ou não fazemos) outras é por palpite ou por reacção de pele que os
fazemos (ou não fazemos).
Apesar
de viver em Lisboa, há um sem número de locais nesta cidade que não conheço.
Uns mais clássicos, outros mais na moda. Por vezes penso “tenho que lá ir meter
o nariz”, mas há sempre este ou aquele motivo que me leva a não o fazer. Ou
porque quando me lembro de tal não tenho tempo disponível, ou porque não é
assim tão apelativo, ou porque em o programando, alguma outra coisa se sobrepõe…
Um
desses locais que tem estado fora dos meus roteiros é o LX Factory. Alguns dos
eventos que lá acontecem parecem ser apelativos, algumas reportagens que tenho
visto ou lido falam de coisas interessantes, mas… por um qualquer motivo tenho
tido uma reacção negativa a lá ir. Não tenho opinião formada sobre o local, que
não o conheço, mas é uma questão de reacção de pele. Não me tem apetecido o
suficiente para me decidir.
Hoje
leio um artigo de jornal sobre uns artistas, ou empreendedores de arte, que
funcionam nas marginalidades das convenções mas que fazem coisas. Não os
conheço nem ao seu trabalho, mas fui lendo o artigo. E, a dado passo, contam
eles:
“Instalaram-se
no LX Factory, lugar de eleição na capital portuguesa, multi-artístico onde – “supostamente”,
diz-nos Dilen – cabe tudo. “Sentimos que era um espaço muito elitista. Fiz uma
proposta à direcção do LX para no Open Day termos lá marchas populares com música
electrónica e afins. A resposta foi prontamente negativa porque disseram que não
queriam lá chungaria, foi aí que percebemos que aquele espaço não era para nós”.
Fico
agora a perceber porque é que, sem o conhecer pessoalmente, tenho tido uma
reacção de pele quanto a esse local.
Quanto
a quem assim se pronuncia… guardo para uma ocasião que não uma inauguração, o
ir dar uma olhada ao que está a fazer e que talvez seja “chungaria”. De vontade
mesmo.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário