sexta-feira, 3 de junho de 2011
A vermelhinha
Lembram-se do velho jogo da vermelhinha?
Três copos invertidos, sob um deles uma bolinha vermelha (ou não), tudo baralhado e havia que adivinhar em qual dos copinhos ela estava.
Este jogo era praticado nas praças, esquinas, feiras e mercados, sempre às escondidas das autoridades, e havia sempre pelo menos três a quatro envolvidos: o que promovia o jogo, um de atalaia por via da polícia e um ou dois que serviam de engodo aos incautos, já que iam ganhando de quando em vez.
A vítima, vendo que havia quem ganhasse, arriscava, pequenas quantias de início. E ganhava também. Mas quando aumentava as apostas, quando começava a haver dinheiro que se visse em cima da tábua, banco, caixa de cartão, o que fosse, aí tudo se invertia e os ganhos transformavam-se em perdas. Garantidas e valentes, que os vigaristas não estavam ali para perder o seu tempo.
Pois o jogo da vermelhinha, prática em que sou perito em perder, faz-me recordar o que se tem passado e passará por estes dias cá no burgo.
Aconteça o que acontecer, haverá sempre uns vigaristas a tentar enrolar o Zé Pagode, com uns outros a servir de engodo e de atalaia, não vá dar-se o caso de haver quem dê pela marosca.
Grave, mas grave mesmo, é ser desta feita a vermelhinha jogada por todo o país este domingo, com o beneplácito das autoridades policiais e os juízes a verificar se a vigarice decorre de acordo com as normas.
No entanto, aconteça o que acontecer, vá a jogo! Nada garante que você ganhe, mas perder também não perde. Mas se lá não for, se não jogar, é garantido que não poderá ganhar o que quer que seja.
No entanto, quem sabe, talvez escolha o copinho certo!
By me
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