domingo, 12 de junho de 2011

Lixo



O que a seguir conto tenho-o por verdadeiro.

“Em tempos, no Canadá era obrigatório que cada reportagem televisiva, contendo declarações de alguém, tivesse bem visível na imagem a informação de “imagens editadas” caso as declarações tivessem sido truncadas ou alteradas.”

Qualquer um entende a importância de tal aviso: declarações exibidas fora do contexto em que foram proferidas ou por uma sequência que não a original, ou com uma sequência de pergunta-resposta que não correspondam aos factos, podem induzir o público a ter leituras diferentes das declarações feitas.
Trata-se de salvaguardar não apenas os direitos de opinião dos declarantes como garantir a isenção e seriedade das estações de televisão.
Hoje assistimos a declarações de personalidades que são truncadas, encurtadas, intercaladas com palavras em “off” do jornalista, que pouco ou nada atestam da veracidade do que ouvimos e vemos.
E todos sabemos, pelo menos os que estão habituados a lidar com esta coisa dos audiovisuais, como é fácil sequenciar imagens, suprimindo pedaços, alterando a sua ordem original ou introduzir imagens e sons descontextualizados sem que o público disso se aperceba. Por vezes, nem mesmo os profissionais dão pela coisa, de tão bem feita que está.
Dirão alguns que a regulamentação que existia no Canadá (e que não sei se ainda estará em vigor) limitava a liberdade jornalística e o direito a informar. Nem um pouco!
Apenas evitava algum “escorregar” dos jornalistas e garantia a fidelidade do que assistia!
E você? Acredita em tudo o que vê na TV? Ou já perdeu a ingenuidade?

Texto e imagem: by me

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