sábado, 11 de junho de 2011

Mexa-se



Uma ocasião acompanhei um cego que estava “perdido” junto ao centro comercial Vasco da Gama, em Lisboa, até à paragem de autocarro, do outro lado da estação de caminho de ferro.
Explicou-me ele que trabalhava ali na zona havia pouco tempo e que, naquele dia, estava desorientado devido a um cheiro a carne assada cuja origem não conseguia identificar. E que o fazia estar perdido.
Consegue imaginar o que é estar perdido na sua própria cidade porque não vê? Ou não poder sair de casa porque a porta está obstruída por um automóvel no passeio que não deixa espaço para a sua cadeira de rodas? Ou não poder explicar as dores que sente a um médico, porque você é surdo-mudo? Ou…?

Hoje:
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