Há que dizê-lo com frontalidade: esta foi uma fotografia falhada!
Tratou-se de um ensaio, um esquiço, uma verificação de potencialidades de local e perspectiva para uma outra, que pouco ou nada tem a ver com o que aqui está visível.
É também para isso que tenho a minha câmara de bolso, qual bloco de apontamentos, onde vou fazendo pequenos registos, tirando dúvidas sobre a exequibilidade de uma perspectiva, de um jogo de luz, de algo que vi sem ser com os olhos.
E esta, tal como mais algumas feitas na mesma altura, foram então consideradas como “não resulta”.
Só mais tarde, quinze dias depois, olhando para aquilo que dantes se chamava “provas de contacto”, hoje “electrónicos exploradores/visionadores de imagens” dei com ela. E sendo que agora o meu olhar sobre este olhar não se prendia com o ensaio de então mas tão só sobre o que agora via, a entendi como boa. Pelo menos como suficientemente boa para sobre ela me debruçar, limar algumas arestas menores e aqui a exibir.
Que fique como exemplo do porquê não devermos, nunca, apagar fotografias, mesmo aquelas que entendemos por falhadas. Fotografias ou o que quer que seja da vida!
By me
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