quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um graffity


Esta parede com estes dizeres poderia estar em qualquer lado.
A ideia aqui expressa em letras grandes, desta forma ou de outras semelhantes está disseminada, estou em crer, no mundo dos graffiteiros.
Afinal, entre demarcação de território, forma de expressão artística ou simples protesto, a contestação está na raiz dos graffitys.
Mas o que faz esta parede ser perfeitamente identificável com uma zona da cidade de Lisboa é o que está lá ao cantinho, escrito com outra cor e há bem mais tempo. Há vários anos.
A palavra de Cambrone está espalhada ao longo da estrada de Benfica, bem como nas suas transversais. Tantas vezes ela está repetida que, ao que julgo saber, esteve na origem de uma tese de mestrado de estudante universitário do Porto. Por outras palavras, a estrada de Benfica, em Lisboa, pela mão de um graffiteiro, elevou a palavra Merda ao nível da erudição universitária.

E se da gripe A, daqui por uns anos, sobrar apenas a recordação de que se tratou de um embuste político ou económico, de mentiras e merdas continuaremos a viver.

By me

1 comentário:

Anónimo disse...

Mesmo em inglês se usa o original italiano graffiti. Singular: graffito.
jb