domingo, 18 de outubro de 2015

Tudo a nu



Acabo de ler um artigo, datado do ontem, com o qual fico a saber que existe uma petição pública para que Mariana Mortágua pose nua para uma edição da Playboy. E, informação complementar, tem algumas centenas de assinaturas.
Só não fiquei aparvalhado de todo porque, e para além de já o ser, sei que se abrem petições públicas sobre os assuntos mais absurdos, retirando importância ao método, tal como sei que o povo português é mestre em parvoeira congénita, tanto maior quanto o assunto for sexista.
E faltou-me a certeza de se se tratar apenas de uma brincadeira idiota se de uma jogada política de muito baixo nível. Mas também não li o texto da petição.

No entanto, e pensando mais a sério na coisa, concluo que esta petição só peca por restrita.
Que seria bom que todos os que ocupam cargos políticos, eleitos ou nomeados, em funções legislativas ou executivas, central, regional ou local, se exibissem completamente nus duas ou três vezes por ano. Numa publicação especializada, com bons fotógrafos e redactores, e que poderia ter por título “Tudo a nu”.
Não teria esta publicação por objectivo o exibir corpos. O corpo é algo de tão natural como o comer, o defecar ou o reproduzir.
Serviria antes para consciencializar todos os fotografados que, tiradas as fatiotas e os cargos, somos todos iguais nas nossas diferenças, que todos necessitam dos mesmos cuidados e atenções quando despojados de mordomias e elitismos e que, acima de tudo, sem mangas para esconder o que quer que seja, é difícil, muito mais difícil, fazer chicana política ou económica.
Indo mais longe, sugiro que todos os que façam discursos a câmaras, assembleias ou país o façam nus, em bancadas de vidro, bem como aqueles que atrás deles se colocam, abanando a cabeça quais cãezinhos de peluche.


Nada na manga e tudo a nu, é o que faz falta neste país!

By me

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