Hoje é dia um de
Outubro. E estavam previstos alguns apocalipses fatais para o mês de Setembro.
Baseavam-se eles
em algumas profecias, bíblicas ou não, e na aproximação de alguns asteróides quase
tangenciais nas suas trajectórias.
Acontece que,
esgotado que está o mês de Setembro e o simples facto de estar a escrever estas
linhas significam uma de várias coisas possíveis.
A – Fui apocalipsado
e não o sei. O que não é estranho, já que os idiotas não o sabem e a sua condição
só incomoda os outros.
Neste caso,
estarei a escrever estas linhas num qualquer universo apocalíptico, num limbo
entre a perfeição do eterno e o total absurdo da existência finita.
B – As profecias
apocalípticas valem o que valem e, como disse alguém, “Prognósticos só no final
do jogo”. No fim de contas, entre folhas de chá, búzios vazios e conjugações
astrais, importa saber o tamanho da pancada que os profetas do apocalipse
sofreram, se não for congénito.
C - Nenhum apocalipse será digno de nota, nos
jornais ou no nosso humilde quotidiano, comparado com a imensa tragédia que
poderá acontecer no próximo domingo.
Essa sim, será objecto
de letras gordas e intensos debates em tudo quanto for comunicação social, e só
um autista profundo disso não se aperceberá.
Dependerá a
magnitude do desastre do trajecto, não de asteróides que há muito erram no
espaço sideral, mas das mãos que fizerem um “X” no privado da cabine de voto.
Faça de divindade
e mude o rumo vertiginoso e apocalíptico das últimas dezenas de anos.
Imagem: apocalíptica
visão, retirada da net, do que sucederá se os Tugas errarem.
By me
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