Apontamentos lúmicos
na inutilidade das rotinas
Quando eu morrer,
por favor atirem-me para uma vala comum.
Que de nada
valerei então mas quero continuar a ser igualitário mesmo depois do fim.
Do que tiver sido
e deixado, que se divida em dois grupos: o que se não aproveita e o que sobrar.
E que de ambos que
se tirem ilações.
Do primeiro e
maior que se aprenda o que não fazer. Os porquês e os comos.
Do outro, se
alguma coisa contiver, que se use para que os vindouros possam ir mais longe,
onde eu mesmo não consegui ir.
Que a jornada é
longa, tão longa enquanto houver um humano por cá.
By me
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