Não gosto do
conceito esquerda/direita em política.
E, se outros
motivos não existissem, o corpo humano tem as duas.
Mas custa-me ver
as opções que instituições políticas existentes assumem, tanto as já clássicas
como as que agora surgiram, como ainda as que se preparam para surgir.
Que não vejo
nenhuma assumir o não ser correcto que o tipo que recolhe o lixo que fazemos ou
colhe o tomate que comemos tenha uma vida menos segura, confortável e tranquila
que aqueles que decidem do país, que desenham casas, fazem operações estéticas,
debatem na justiça ou escrevem para jornais.
Para todos esses,
a minha pergunta:
Se andassem a
desentupir esgotos, no alto de um andaime ou a limpar escadas, defenderiam a
estratificação social que defendem hoje?
Ou continuariam a
achar natural e civilizado que uns comam bife do lombo e outros meia salsicha?
Que uns tenham médico à distância de um telefonema e outros à distância de
quatro horas de madrugada na rua? Que uns vivam em palácios e outros em
barracas?
Para esses, o meu
natural e pouco civilizado “NÃO”!
By me
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