O texto que se segue não é meu.
Foi descaradamente roubado do blogue “Vida de casado”,
cuja última entrada foi em Janeiro de 2013 e que foi iniciado em 2004.
Sugiro que o procurem e se deliciem. E, enquanto tal
não sucede, aqui fica um aperitivo, algures lá do meio:
“Mas quando é que me põem na lista negra?
- Está? É da casa do senhor Luis?
- Um momento se faz favor. – responde a minha mulher – Toma é para ti. – diz-me ela, passando-me o telefone com um sorriso do tipo: “Toma lá, para ver se não voltas a olhar para certos decotes, quando vais almoçar comigo.”
- Professor Doutor Luis Miguel, faça favor de dizer. - digo para o telefone.
- Senhor Doutor Luis ?
- Professor Doutor. – corrijo eu.
- Olhe Sr. Professor Luis ...
- Professor Doutor, se faz favor. – volto a corrigir.
- Não pode ser só um deles? – pergunta timidamente.
- Não. – respondo secamente.
- Peço desculpas, Srº Professor Doutor Luis Miguel.
- Pode ser só Professor Doutor.
- Ok. Professor Doutor. Nós estamos...
- Professor Doutor Luis Miguel.
- (primeiro suspiro) Professor Doutor Luis Miguel.
- Sim, sou eu.
- Chamo-me Sara, e estou a telefonar-lhe porque tenho uma oferta para si.
- Estava a brincar.
- Desculpe?
- Estava a brincar consigo.
- Desculpe, mas não estou a perceber.
- Aquilo do Professor Doutor, era eu a reinar consigo.
- (riso forçado) Que engraçado, Srº Luis .
- Pode-me tratar por papá?
- Como????
- Papá. Pode ser? Papá Luisinho .
- Está a brincar, não está?
- Não lhe custa muito, pois não? É só um favor que lhe estou a pedir. – digo eu ofendido.
- Mas....o senhor está a brincar, não está?
- Vá lá . O que lhe custa? Olhe, dou-lhe 5 euros.
- Srº Luis , eu...
- Papá Luisinho.
- (segundo suspiro) Eu tenho uma oferta muito séria para lhe fazer.
- Não disse as palavras mágicas.
- Por favor?
- Não. Papá Luisinho.
- Mas olhe que o que lhe tenho para dar é um produto de elevada qualidade e......
- Não estou a ouvir nada. – interrompo eu.
- (terceiro e o mais profundo suspiro) Não está aí mais ninguém com quem eu possa falar?
- Está, mas não passo. – respondo - A não ser que me chame papá. Afinal, o que lhe custa? (pausa) Se o fizer, eu depois ouço o que tem para me dizer com toda a atenção.
- (pausa com suspiro)
- Vá. Vamos começar do início. – digo eu – Está sim? Faça o favor de dizer.
- (pausa)
- Está sim? - repito.
- Pa ... pap ...(suspiro)
- Siiim !? - insisto.
- Papá Luis. Tenho uma oferta para si.
- NÃO É PAPÁ LUIS. É PAPÁ LUISINHO ... PORRA PÁ, CUSTA MUITO, CUSTA??? (fungadela) VOCÊ É UMA INSENSÍV ....(fungadela) JÁ NÃO QUERO MAIS FALAR CONSIGO. PASSE-ME JÁ A SUA SUPERVISORA. (fungadela) - grito.
- Mas....mas...o que....mas que raio....mas só me aparecem malucos.
- NÃO PIORE A SUA SITUAÇÃO. QUERO FALAR IMEDIATAMENTE COM A SUA SUPERVISORA. - exijo eu.
- (pausa prolongada) Boa noite. Fala Gertrudes. Faça favor de dizer. – diz uma voz ríspida.
- Muito boa noite. Seria possível saber onde é para ir buscar a minha oferta? A Sara não me quis dizer.
- Desculpe? Não lhe disse onde podia ir levantar a sua oferta? – diz com uma voz mais descontraída.
- Não. Mas se não acredita em mim, pergunte-lhe.
- Não. Claro que não é preciso perguntar. Eu tratarei agora pessoalmente do seu caso.
- Finalmente uma pessoa com quem se pode falar.
- Com certeza. Então dá-me licença que o informe sobre a nossa oferta?
- Claro que sim, mas.....peço desculpa pelo atrevimento e espero que me perdoe se eu estiver a ser inconveniente, mas....é senhora ou é menina?
- (pequeno riso) Bom, não está a ser inconveniente. É menina. Mas vamos então à nossa oferta.
- Olhe menina Gertrudes, eu vou ser sincero consigo. Eu sou uma pessoa humilde, criado no campo, no meio dos animais. Subi na vida a pulso. Hoje sou um homem de posses. Tenho hectares e hectares de terrenos. Vacas, ovelhas, bichos que nunca mais acabam e adoro cada um deles. Tenho tudo o que quero da vida. Aquilo que eu não tenho, é porque não me interessa. Só há algo que eu ainda não encontrei: o amor de uma mulher. Isso é que me faz falta....A Sara é boa moça, mas nota-se que ainda não tem aquela experiência de vida que faz da Gertrudes aquilo que é: Uma Mulher.... Notei logo no seu tom de voz, que existia algo em si de especial (pausa) Já percebeu que não quero saber da oferta, agora.... se a Gertrudes não achar que estou a abusar, e me ceder uns minutos do seu tempo para um pequeno encontro....um café, num sitio público claro. O que me diz?
- (pausa)
- Só mais uma coisa.
- Sim, diga.
- Gosta de sexo com animais? – pergunto timidamente.
- tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu uuuuuuuuuuuuuuu
- Um momento se faz favor. – responde a minha mulher – Toma é para ti. – diz-me ela, passando-me o telefone com um sorriso do tipo: “Toma lá, para ver se não voltas a olhar para certos decotes, quando vais almoçar comigo.”
- Professor Doutor Luis Miguel, faça favor de dizer. - digo para o telefone.
- Senhor Doutor Luis ?
- Professor Doutor. – corrijo eu.
- Olhe Sr. Professor Luis ...
- Professor Doutor, se faz favor. – volto a corrigir.
- Não pode ser só um deles? – pergunta timidamente.
- Não. – respondo secamente.
- Peço desculpas, Srº Professor Doutor Luis Miguel.
- Pode ser só Professor Doutor.
- Ok. Professor Doutor. Nós estamos...
- Professor Doutor Luis Miguel.
- (primeiro suspiro) Professor Doutor Luis Miguel.
- Sim, sou eu.
- Chamo-me Sara, e estou a telefonar-lhe porque tenho uma oferta para si.
- Estava a brincar.
- Desculpe?
- Estava a brincar consigo.
- Desculpe, mas não estou a perceber.
- Aquilo do Professor Doutor, era eu a reinar consigo.
- (riso forçado) Que engraçado, Srº Luis .
- Pode-me tratar por papá?
- Como????
- Papá. Pode ser? Papá Luisinho .
- Está a brincar, não está?
- Não lhe custa muito, pois não? É só um favor que lhe estou a pedir. – digo eu ofendido.
- Mas....o senhor está a brincar, não está?
- Vá lá . O que lhe custa? Olhe, dou-lhe 5 euros.
- Srº Luis , eu...
- Papá Luisinho.
- (segundo suspiro) Eu tenho uma oferta muito séria para lhe fazer.
- Não disse as palavras mágicas.
- Por favor?
- Não. Papá Luisinho.
- Mas olhe que o que lhe tenho para dar é um produto de elevada qualidade e......
- Não estou a ouvir nada. – interrompo eu.
- (terceiro e o mais profundo suspiro) Não está aí mais ninguém com quem eu possa falar?
- Está, mas não passo. – respondo - A não ser que me chame papá. Afinal, o que lhe custa? (pausa) Se o fizer, eu depois ouço o que tem para me dizer com toda a atenção.
- (pausa com suspiro)
- Vá. Vamos começar do início. – digo eu – Está sim? Faça o favor de dizer.
- (pausa)
- Está sim? - repito.
- Pa ... pap ...(suspiro)
- Siiim !? - insisto.
- Papá Luis. Tenho uma oferta para si.
- NÃO É PAPÁ LUIS. É PAPÁ LUISINHO ... PORRA PÁ, CUSTA MUITO, CUSTA??? (fungadela) VOCÊ É UMA INSENSÍV ....(fungadela) JÁ NÃO QUERO MAIS FALAR CONSIGO. PASSE-ME JÁ A SUA SUPERVISORA. (fungadela) - grito.
- Mas....mas...o que....mas que raio....mas só me aparecem malucos.
- NÃO PIORE A SUA SITUAÇÃO. QUERO FALAR IMEDIATAMENTE COM A SUA SUPERVISORA. - exijo eu.
- (pausa prolongada) Boa noite. Fala Gertrudes. Faça favor de dizer. – diz uma voz ríspida.
- Muito boa noite. Seria possível saber onde é para ir buscar a minha oferta? A Sara não me quis dizer.
- Desculpe? Não lhe disse onde podia ir levantar a sua oferta? – diz com uma voz mais descontraída.
- Não. Mas se não acredita em mim, pergunte-lhe.
- Não. Claro que não é preciso perguntar. Eu tratarei agora pessoalmente do seu caso.
- Finalmente uma pessoa com quem se pode falar.
- Com certeza. Então dá-me licença que o informe sobre a nossa oferta?
- Claro que sim, mas.....peço desculpa pelo atrevimento e espero que me perdoe se eu estiver a ser inconveniente, mas....é senhora ou é menina?
- (pequeno riso) Bom, não está a ser inconveniente. É menina. Mas vamos então à nossa oferta.
- Olhe menina Gertrudes, eu vou ser sincero consigo. Eu sou uma pessoa humilde, criado no campo, no meio dos animais. Subi na vida a pulso. Hoje sou um homem de posses. Tenho hectares e hectares de terrenos. Vacas, ovelhas, bichos que nunca mais acabam e adoro cada um deles. Tenho tudo o que quero da vida. Aquilo que eu não tenho, é porque não me interessa. Só há algo que eu ainda não encontrei: o amor de uma mulher. Isso é que me faz falta....A Sara é boa moça, mas nota-se que ainda não tem aquela experiência de vida que faz da Gertrudes aquilo que é: Uma Mulher.... Notei logo no seu tom de voz, que existia algo em si de especial (pausa) Já percebeu que não quero saber da oferta, agora.... se a Gertrudes não achar que estou a abusar, e me ceder uns minutos do seu tempo para um pequeno encontro....um café, num sitio público claro. O que me diz?
- (pausa)
- Só mais uma coisa.
- Sim, diga.
- Gosta de sexo com animais? – pergunto timidamente.
- tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Nota: Tenho que confessar que
depois de me desligar o telefone, fiquei a pensar que poderia ter magoado a
moça, mas as gargalhadas que a minha mulher deu durante o resto da noite
fizeram-me esquecer rapidamente esse pequeno pormenor. E sim, fazer rir uma
mulher continua a ser o melhor afrodisíaco que conheço.”
Imagem by me
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