terça-feira, 15 de abril de 2014

Pensando



Em que estou a pensar?
Estou a pensar num artigo que li num jornal on-line.
Segundo ele, a Associação Portuguesa de Direito de Consumo vai propor tarifas fixas para o transporte de táxi dos aeroportos nacionais, de forma a combater “excessos” nas cobranças a turistas.
E fico a pensar que isto nada tem de novo. No aeroporto da Portela, Lisboa, já existe isso. Dá pelo nome de “taxivoucher”. É comprado num balcão do turismo de Lisboa, dentro do aeroporto, onde se paga pelo destino escolhido e em função da coroa em que se encontra.
E estou a pensar que uma ocasião, curioso sobre o sistema, fui saber preços. De lá até minha casa.
Esta fica no início de uma das coroas circundantes da cidade. E o preço era o mesmo que o cobrado se eu fosse para o outro extremo da coroa. A cerda de 30 quilómetros. Ora, sendo certo que não devem perder dinheiro com quem vá para o outro extremo, estariam a cobrar-me em demasia.
Além do mais, este preço por este sistema é mais caro, para minha casa, que se contado pelo taxímetro.
Este “taxivoucher”, criado pelo turismo da capital, supostamente defende os turistas de motoristas de táxi menos honestos. Roubando esses turistas logo à chegada, ainda antes de entrarem na viatura.
E estou a pensar que a Associação Portuguesa do Direito do Consumo, no lugar de proteger os passageiros, irá com esta medida, proteger os industriais de táxi.
Mas ainda fico a pensar numa outra coisa: Então não é que em vez de punirem os desonestos, como é suposto acontecer, vão pôr quem chega de avião a pagar? Paga o justo pelo pecador, com o beneplácito das autoridades?
Esta medida, se chegar a ser posta em prática, não me afecta. Que me recuso a passar pela indignidade de viajar de avião e ser revistado para tal como se de um criminoso se tratasse.
Mas, mais que pensar, se tiver que apanhar um táxi no aeroporto usarei de outro processo: chamarei um, via telefone e de uma central de táxis, me que não cobre estes extras absurdos.

E estou a pensar também que já nos basta serem os ministérios e respectivos ministros a legalizarem os roubos que praticam nos nossos bolso.

By me

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