quarta-feira, 16 de abril de 2014

Desabafo



Juro que uma daquelas coisas que me faz doer a alma é ver como certos “profissionais” da imagem exercem o seu ofício.
Limitados por facilitismos absurdos, ausência de sentido estético e formatações rígidas, limitam o que fazem à “regra dos terços”, ou proporção áurea.
O equilíbrio, as linhas de fuga ou entrecruzadas, a interpretação dos diversos elementos na imagem e suas importâncias, a perspectiva, os jogos de luz e cor, a eficácia da comunicação na conjugação de tudo isso…
São questões que, heróica ou desgraçadamente, ignoram.
É legítimo querer exercer um ofício. Honesta e satisfatoriamente. Mas convém saber e praticar um pouco para além dos primeiros capítulos de qualquer manual, aprofundando as técnicas e as razões de ser daquilo que se faz.
E, na ausência de formação convencional (mestre/aprendizes) pelo menos prestar atenção ao que outros, mestres no ofício, fazem.


Se no fazer de imagem a “regra dos terços” fosse imutável e inquestionável, panaceia eterna na estética e comunicação, bastaria um qualquer software moderno para substituir, com vantagem, os pretensos apontadores de câmara que pululam no mercado de trabalho.

By me 

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