Não sei de nenhum
fotógrafo de qualidade, daqueles mesmo bons, que nos fazem ficar de boca aberta
para o trabalho que apresentam, que não seja um profundo respeitador do mundo
em geral e daquilo que fotografa em particular.
Pode não gostar do
que se lhe apresenta. E demonstra-o com as suas imagens. Mas respeita-o.
Sei isto desde
cedo na vida. E sempre procurei seguir esta linha. Talvez que não por causa da
fotografia em particular, mas também por ela. Não significando que seja um bom
fotógrafo, tenho o cuidado de respeitar aquilo que registo.
Sabendo-o,
procurei desde sempre transmitir isso mesmo a quem comigo quis ou tentou
aprender algo do ofício. Para além das questões técnicas e estéticas, as questões
éticas são particularmente importantes para a qualidade do trabalho que se
apresenta.
Com a maioria dos
alunos que tive consegui-o, de uma forma ou de outra. Não lhes moldei a personalidade
nem a educação que traziam do berço, mas fui dando um jeito, umas vezes mais em
tom de brincadeira, outras bem mais sério e incisivo.
Alguns não
atingiram os mínimos neste particular. Soube-o logo, quando trabalhámos juntos
em ambiente escolar.
Sei-o hoje, que
nos vamos encontrando na vida real ou virtual.
Nenhum daqueles
poucos que não aprenderam a respeitar o seu semelhante ou aquilo que fotografam
são, sequer, sofríveis fotógrafos.
Já como seres
humanos… deixo ao vosso critério a classificação de quem não respeita o mundo
em que vive, com ou sem fotografia inclusa.
By me
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