domingo, 14 de agosto de 2011
Uma questão de tempo e paciência
O tempo é dividido em diversas unidades: anos, luas, horas, segundos, milénios…
Profissionalmente, o meu divide-se em 1/25 do segundo. É quanto dura cada imagem que transmito.
25 imagens por segundo! 1500 imagens por minuto! 90.000 imagens por hora!
Este é o meu ritmo de trabalho.
Com esta quantidade de opções por unidade de tempo, não tenho grande oportunidade de me preocupar com formalidades e graus de tratamentos inter-pessoais.
Divido os meus relacionamentos em dois grupos: os companheiros de trabalho, seja qual for a sua função ou idades e os convidados, externos à empresa, que temos em frente das câmaras.
Para com os primeiros, tenho um tratamento por “tu”. Igualitário! Fraternal! Indiferenciado! Seja qual for a sua posição na enorme pirâmide hierárquica que por lá existe.
Para com os convidados tenho um tratamento na terceira pessoa, por “você”. Entram como convidados, saem como conhecidos, mas são convidados, a quem há que tratar com a deferência que alguma cerimónia impõe.
Há ainda uma terceira abordagem: o tratamento por “você” para com as pessoas com quem quero assumidamente ter uma tratamento à distância, com quem não quero ter intimidades. Se levar as coisas ao limite e quiser ser mesmo insultuoso, tratarei por “Vossa Excelência”.
Goste-se ou não, nascemos da mesma forma e acabaremos do mesmo jeito. E não tenho tempo nem paciência para discriminações de idade, posto laboral, categoria social ou classificação honorífica.
Texto e imagem: by me
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