Dois modelos diferentes de uma coisa particularmente útil: caixa para pilhas.
Para quem, como eu e muitos outros, depende deste tipo de energia portátil para o seus afazeres (uma das minhas câmaras DSLR funciona com este tipo de baterias e todos os meus flashs também) transportar energia de reserva é vital. O que é difícil é encontrar como.
As embalagens onde são compradas não são re-utilizaveis, o velho truque de as ter presas com um elástico não é prático quando elas acabam por ir parar a um bolso… estas caixinhas são um “must” no que respeita à praticabilidade de transporte.
O problema está na sua raridade. São quase mais difíceis de encontrar que político honesto. Daí que, quando as vejo à venda, compro.
A caixa da direita tem, na minha mão, quase quatro anos de uso, o que dá para se perceber pelo já acinzentado tom do plástico. Encontrei-a, bem como a uma irmã gémea, numa loja em Lisboa, de origem espanhola, que vende de tudo, de artigos fotográficos a viagens, de cuecas a loiça, de maquiagem a livros.
Não gosto muito desta loja. Além de confusa na sua organização interna (pelo menos para mim), sou ali tratado de forma por demais sobranceira para aquilo que admito sem protestar. Mas acabo por lá ir, talvez umas duas vezes por anos, reconhecendo que, na área da fotografia, tem artigos que raramente se encontram noutros locais.
Tornei a passar por lá há uns dias e, surpresa minha, tinham mais destas caixas: a da esquerda, que até tem um ar novinho em folha. Tal como da primeira vez, só tinham dois exemplares, que comprei sei hesitar.
Não me recordo do fabricante de umas e de outras, e os modelos são um pouco diferentes, mas o material é o mesmo, tal como a função. O que nada as aproxima é o preço!
Em menos de quatro anos a inflação nas caixas para pilhas foi de 450%. Repito para quem não leu bem: 450%!
Se o modelo da direita me custou, nos princípios de 2008 um euro a unidade, estas agora foram compradas ao preço exorbitante de 4.50 euros cada. Um disparate de preço!
Eu sei que a crise é o que é, que a inflação agrada a uns quantos e que a fotografia não será uma actividade vital (para muitos, pelo menos). Mas estes valores são, no mínimo, obscenos!
Se as virem à venda, comprem-nas. Que a mais de 100% ao ano, é investimento seguro.
Texto e imagem: by me
Sem comentários:
Enviar um comentário