Pensando de novo sobre o bloqueio civilizacional imposto a algumas comunidades isoladas no Amazonas profundo, consigo imaginar mais um motivo para tal, imposto pelo “homem-civilizado”:
Antropologia, Sociologia, História e outras ciências e disciplinas de investigação.
Efectivamente, o estudo do Homem, da sua cultura, desenvolvimento e respectivos comportamentos é, em regra, baseado em documentos. Quando os estudiosos querem investigar, ao vivo, as civilizações que, de alguma forma, se possam assemelhar ao que fomos, o simples facto de eles, os estudiosos, estarem no local e com os estudados compromete o resultado da investigação ou estudo, já que a sua presença e hábitos irá “contaminar” a civilização estudada.
Encontrar uma comunidade não conspurcada pela sociedade actual e que viva de acordo com a sua ancestralidade é situação rara.
Tão rara é que merece, do ponto de vista dos estudiosos, ser conservada impoluta e virgem e que, com as tecnologias adequadas, se a possa estudar sem intrusão ou contaminação.
Esta raridade é tal que se pode assemelhar a ser encontrado um rochedo desconhecido, algures num oceano, onde viva ainda uma comunidade de pássaros Dódó. Seria uma viagem ao passado, materializada fora dos ecrãs de cinema, que nenhum estudioso poderá desdenhar!
Assim, com estas comunidades não contaminadas e mantidas no isolamento, é uma espécie de laboratório ideal e de se usarem os “microscópios” certos para os estudar. A bem dos restantes seres humanos do globo.
Este jardim zoo-humanólogo é um maná e não há bilhetes à venda para se o visitar. A menos que se pertença à sociedade científica.
Claro que a eles, aos que se encontram na reserva civilizacional, não se lhes pergunta se ali querem estar fechados e ignorantes de todo o resto, tal como não se questiona símios, repteis ou felinos ao colocá-los nos parques temáticos ou jardins zoológicos.
Que nós, democraticamente falando, temos todo o direito, por razão de maioria, de circunscrever ou mesmo prender para efeitos de ciência, aqueles que de nós são diferentes.
Sejam quais forem as manifestações dessa diferença!
Texto e imagem: by me
Antropologia, Sociologia, História e outras ciências e disciplinas de investigação.
Efectivamente, o estudo do Homem, da sua cultura, desenvolvimento e respectivos comportamentos é, em regra, baseado em documentos. Quando os estudiosos querem investigar, ao vivo, as civilizações que, de alguma forma, se possam assemelhar ao que fomos, o simples facto de eles, os estudiosos, estarem no local e com os estudados compromete o resultado da investigação ou estudo, já que a sua presença e hábitos irá “contaminar” a civilização estudada.
Encontrar uma comunidade não conspurcada pela sociedade actual e que viva de acordo com a sua ancestralidade é situação rara.
Tão rara é que merece, do ponto de vista dos estudiosos, ser conservada impoluta e virgem e que, com as tecnologias adequadas, se a possa estudar sem intrusão ou contaminação.
Esta raridade é tal que se pode assemelhar a ser encontrado um rochedo desconhecido, algures num oceano, onde viva ainda uma comunidade de pássaros Dódó. Seria uma viagem ao passado, materializada fora dos ecrãs de cinema, que nenhum estudioso poderá desdenhar!
Assim, com estas comunidades não contaminadas e mantidas no isolamento, é uma espécie de laboratório ideal e de se usarem os “microscópios” certos para os estudar. A bem dos restantes seres humanos do globo.
Este jardim zoo-humanólogo é um maná e não há bilhetes à venda para se o visitar. A menos que se pertença à sociedade científica.
Claro que a eles, aos que se encontram na reserva civilizacional, não se lhes pergunta se ali querem estar fechados e ignorantes de todo o resto, tal como não se questiona símios, repteis ou felinos ao colocá-los nos parques temáticos ou jardins zoológicos.
Que nós, democraticamente falando, temos todo o direito, por razão de maioria, de circunscrever ou mesmo prender para efeitos de ciência, aqueles que de nós são diferentes.
Sejam quais forem as manifestações dessa diferença!
Texto e imagem: by me
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