Os cidadãos não perdoam, os media também não e o aproveitamento político é consoante a época: as gafes!
Há pouco foi o primeiro-ministro a fumar num avião português, vindo depois afirmar que desconhecia a proibição.
Agora foi o Presidente da República a afirmar que o dia 10 de Junho é o “Dia da raça”.
A ala esquerda parlamentar não perdoou e levantou-se quase em uníssono a protestar. E a pedir explicações. Que o termo “Dia da raça” era usado em tempos, fazendo lembrar a segregação racial existente (ainda que discreta) e a manutenção (a todo o custo e sangue) das colónias.
Num noticiário televisivo afirmava-se que a expressão é do tempo do “Estado novo”.
E o jornalista que o disse, questionado sobre o porquê do uso da expressão “estado novo” no lugar de “regime fascista”, respondeu sem pudor que o termo “fascista” seria demasiado violento para a circunstância.
Claro que o facto de todos saberem ou terem a noção que o “regime fascista” se refere a decénios de ditadura derrubada em 1974 e que a maioria da população não sabe, por ignorância académica ou desinteresse politico e histórico, que “estado novo” foi o nome assumido pelos fascistas portugueses, emparceirados que estavam com Espanha, Itália e Alemanha, pouco ou nada é importante.
Podemos sempre aligeirar ou carregar as cores daquilo que contamos. Mas um jornalista, um profissional de comunicação, tem o dever de não colorir aquilo que relata, nem a favor nem contra. Não usar de classificações nem emitir, no texto ou na antena, opiniões pessoais. Assim o espera o público e assim o exige o código deontológico.
E, para que conste, o “Dia da raça” era um dos nomes dados ao dia 10 de Junho pelo regime de Salazar, durante muitos anos.
Demasiados anos, para nossa tristeza e vergonha.
Há pouco foi o primeiro-ministro a fumar num avião português, vindo depois afirmar que desconhecia a proibição.
Agora foi o Presidente da República a afirmar que o dia 10 de Junho é o “Dia da raça”.
A ala esquerda parlamentar não perdoou e levantou-se quase em uníssono a protestar. E a pedir explicações. Que o termo “Dia da raça” era usado em tempos, fazendo lembrar a segregação racial existente (ainda que discreta) e a manutenção (a todo o custo e sangue) das colónias.
Num noticiário televisivo afirmava-se que a expressão é do tempo do “Estado novo”.
E o jornalista que o disse, questionado sobre o porquê do uso da expressão “estado novo” no lugar de “regime fascista”, respondeu sem pudor que o termo “fascista” seria demasiado violento para a circunstância.
Claro que o facto de todos saberem ou terem a noção que o “regime fascista” se refere a decénios de ditadura derrubada em 1974 e que a maioria da população não sabe, por ignorância académica ou desinteresse politico e histórico, que “estado novo” foi o nome assumido pelos fascistas portugueses, emparceirados que estavam com Espanha, Itália e Alemanha, pouco ou nada é importante.
Podemos sempre aligeirar ou carregar as cores daquilo que contamos. Mas um jornalista, um profissional de comunicação, tem o dever de não colorir aquilo que relata, nem a favor nem contra. Não usar de classificações nem emitir, no texto ou na antena, opiniões pessoais. Assim o espera o público e assim o exige o código deontológico.
E, para que conste, o “Dia da raça” era um dos nomes dados ao dia 10 de Junho pelo regime de Salazar, durante muitos anos.
Demasiados anos, para nossa tristeza e vergonha.
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