Quando chegaram, vinham a medo.
Deixaram-se ficar de lado, enquanto eu falava com outro casal, cochichando entre si mas sem se aproximarem. Só quando fiquei sozinho se aproximaram.
No inicio da conversa achei um pouco estranho as suas atitudes, que queriam fazer uma fotografia, como era habitual, mas havia algo que não batia certo.
Só quando a conversa se soltou, ainda antes do “Olhó Passarinho!”, é que se abriram:
Queriam saber se eu teria duas fotografias e arquivo, feitas há quase um ano. Uma onde entrava ele, outra onde entrava ela. O elemento comum era um amigo de ambos, na altura “namorado” dela, que tinha falecido pouco antes do Natal.
Ali não a tinha, garantidamente, mas em casa por certo que sim. Que não me desfaço de nenhuma fotografia que faço, muito menos das feitas com esta câmara.
E fizeram a foto do costume, de pé no enfiamento da rua, com o banco e o candeeiro em campo.
Quando a receberam, e enquanto eu tomava as notas habituais, bem como as necessárias para encontrar o que me pediam, lamentaram não terem ficado a olhar um para o outro. Fazer outra, com o artefacto, seria quebrar os hábitos, mas nada me impedia de usar a Pentax, que aquele queixume merecia algo de diferente.
O conjunto de fotos já ali está, guardado onde não me esquecerei de levar entregar quando os vir de novo. Com uma impressão extra, esta, afixada ali no painel, que a história merece um realce especial.
E quem era ele? Fica na minha memória e arquivo, bem como na deles, que se estimam ou algo mais.
Desejo apenas que, daqui por um ano, um deles não me venha pedir a fotografia do outro!
Deixaram-se ficar de lado, enquanto eu falava com outro casal, cochichando entre si mas sem se aproximarem. Só quando fiquei sozinho se aproximaram.
No inicio da conversa achei um pouco estranho as suas atitudes, que queriam fazer uma fotografia, como era habitual, mas havia algo que não batia certo.
Só quando a conversa se soltou, ainda antes do “Olhó Passarinho!”, é que se abriram:
Queriam saber se eu teria duas fotografias e arquivo, feitas há quase um ano. Uma onde entrava ele, outra onde entrava ela. O elemento comum era um amigo de ambos, na altura “namorado” dela, que tinha falecido pouco antes do Natal.
Ali não a tinha, garantidamente, mas em casa por certo que sim. Que não me desfaço de nenhuma fotografia que faço, muito menos das feitas com esta câmara.
E fizeram a foto do costume, de pé no enfiamento da rua, com o banco e o candeeiro em campo.
Quando a receberam, e enquanto eu tomava as notas habituais, bem como as necessárias para encontrar o que me pediam, lamentaram não terem ficado a olhar um para o outro. Fazer outra, com o artefacto, seria quebrar os hábitos, mas nada me impedia de usar a Pentax, que aquele queixume merecia algo de diferente.
O conjunto de fotos já ali está, guardado onde não me esquecerei de levar entregar quando os vir de novo. Com uma impressão extra, esta, afixada ali no painel, que a história merece um realce especial.
E quem era ele? Fica na minha memória e arquivo, bem como na deles, que se estimam ou algo mais.
Desejo apenas que, daqui por um ano, um deles não me venha pedir a fotografia do outro!
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