Não posso
concordar, de forma alguma, com o voto obrigatório.
Existe isso em
alguns países, entendo as motivações, que são várias, mas não posso concordar!
A participação na vida
do colectivo é um acto que, sendo um dever moral e social, não pode ser
imposto. Ou se legitimaria muitas outras imposições de má memória.
Mas também não
posso aceitar que aqueles que entendem não votar, protestem depois com os
resultados das eleições. Caramba! Não participa, não faz nada para o resultado,
e contesta os actos e decisões dos demais?
Indo mais longe, não
posso concordar que um cidadão que, em consciência, decide não participar na
vida e gestão da sociedade, queira depois que essa mesma sociedade contribua
para a sua própria vida. A famosa “lei do funil” que criticamos em muitos políticos,
também é criticável a cada cidadão em particular.
Por isso, e se eu
tivesse algum poder de decisão no que à lei eleitoral concerne, mudava-a.
Mantendo o inalienável
direito de abstenção, retirava a cada um desses cidadãos o direito a acederem a
benesses da sociedade decididas pela sociedade.
Por exemplo:
Não ter devoluções
de impostos ou acertos de contas com o estado;
Não ter acesso a
candidatar-se a um lugar público, quer como eleito, quer como funcionário;
Não aceder a
bibliotecas, museus e outras instituições de cultura a custo zero ou com
descontos…
Estas interdições
durariam tanto tempo quanto durasse o resultado eleitoral em cujo acto não
colaborasse.
Tal como estariam
definidas, bem claras, as situações de excepção, como deslocações ao estrangeiro,
doença ou outras.
Tenho a abstenção como
um direito legítimo.
Não aceito é que
se exija que a sociedade colabore connosco quando nós não colaboramos com ela!
By me
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