segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Rosa azul 054



Tenho para mim que um fotógrafo é um contador de histórias.
Histórias suas, histórias dos outros, histórias reais, histórias ficcionadas. Mas é um contador de histórias.
Um bom contador de histórias, usando a fotografia para tal, fica-se pela imagem fotográfica.
Será ela suficientemente elucidativa para que a imagem mental criada pela fotografia em quem a vê para que mais nada faça falta. E a história fique contada.
Por vezes, os meios necessários a tal são de tal modo complexos e dispendiosos que tal não se consegue. Intervenientes, espaço, tratamento cénico e de luz, tempo… as mais das vezes as histórias que queremos ficam por contar porque algo ou muito nos falta. Ou capacidade criativa para tal.

A grande vantagem da fotografia de cena (teatro, cinema, vídeo) é que a história está toda lá. A única coisa que o fotógrafo tem que fazer é aproveitar todo o manancial de representação, encenação, cenários e luz e a história está naturalmente contada.
Se em muitas imagens, se em poucas imagens, já depende da capacidade de quem fotografa, o poder de síntese e o conhecimento da história a contar.

Foi este o caso. Creio que está aqui bem retratada esta personagem. Pelo menos como eu a vi, por entre representação, espaços e luz.

Um obrigado a quem tal me proporcionou.

By me 

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