Gostava de poder
aqui colocar pelo menos uma das imagens que fiz ontem.
Para que aqui
ficasse o testemunho fotográfico de um prazer que tive.
Não posso!
As fotografias
foram feitas num ensaio geral de um espectáculo teatral, que estreará hoje e,
mesmo que feitas por mim, em boa verdade não me pertencem. Pertencem a todos
aqueles e aquelas que deram, dão e darão o seu melhor para que durante um
pedaço a plateia possa viver aquela história assim contada: ao vivo e a cores,
sem intermediários e com a generosidade que é apanágio do teatro.
Não me pertencem!
Foi um regresso às
origens.
Foi fotografando o
que acontece nas tábuas que comecei, com muito orgulho e humildade. Foi com
aqueles actores e actrizes que aprendi um pouco do pouco que sei. Foi com
aquela encenadora (Luzia Maria Martins, de seu nome) que aprendi um bom pedaço
do que é ir para além da superfície para mostrar o que está para além da superfície.
Aconteceu então,
tal como agora, completamente por acaso. Como acontecem quase sempre as coisas
boas da vida.
E o prazer foi idêntico.
Tal como as dificuldades (Caramba! Porque é que os palcos têm sempre pouca
luz????)
Não aconteceu
agora aquela matemática terrível do ter que gerir a quantidade de imagens possíveis
antes de mudar de rolo. Tal como não aconteceu a questão, igualmente terrível,
da gestão das temperaturas de cor.
Mas aconteceu o recorrer
às mesmas objectivas, fiéis que são mesmo passados trintas e tal anos.
E aconteceu, acima
de tudo, o prazer de usar a fotografia para contar histórias!
Tentar reviver o
passado é um disparate. Mas há ocasiões em que quase acontece.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário