As atenções hoje
dividem-se, maioritariamente, para três lados.
Como não poderia
deixar de ser, para a crise dos refugiados, com a Europa a dizer-se solidária,
mas só até certo ponto;
Para as eleições
na Grécia, em que o futuro daquele país na fronteira da Europa se discute,
política e economicamente. Os ultimatos e pressões alemãs parecem já ter ficado
num canto, esquecidas mas não deixadas de impor;
A campanha para as
eleições em Portugal, daqui por duas semanas, com tudo o que isso significa
para os portugueses e para a continuidade das políticas europeias, cada vez
mais longe dos cidadãos e mais próximas das instituições financeiras.
Aquilo que não
parece estar a colher grandes atenções é o que acontecerá entre um momento
eleitoral e outro. Igualmente importante nos conceitos europeus: as eleições na
Catalunha, no próximo domingo.
Se as vontades
independentistas vencerem, como aparenta, será talvez o maior braço de ferro
que o velho continente viverá desde há muito e sem guerras pelo caminho: o
equilíbrio instável entre a vontade democrática de um povo e as vontades autocráticas
de um velho continente, tentando manter uno aquilo que só as aparências mostraram
ser.
As pressões, políticas,
económicas, internacionais e até desportivas, têm sido muitas: a autodeterminação
de um povo só será possível se todos os outros deixarem.
Para além da questão
dos desgraçados dos refugiados, enviados para campos que nos trazem muito má
memória, para além das questões económicas e políticas de aparentar democracia
mas manter tudo na mesma, a questão Catalã será um espinho no pé da Espanha e
da Europa, que dificilmente o conseguirá tirar a bem.
By me
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