“Para malandro,
malandro e meio”, diz o povo na sua sabedoria.
Numa conversa
sobre conceitos e práticas fotográficas, quis eu confrontar os presentes com
uma brincadeira clássica no que concerne a imagem e sua análise:
apresentei-lhes duas imagens e o seu oposto, ou seja, as mesmas mas invertidas
da esquerda para a direita.
Sabia que iriam
dar com a coisa, uns mais, outros menos, mas levei o desafio mais longe: qual
delas a original?
As imagens foram
escolhidas de entre as que possuo em livros e das que gosto, pese embora a sua
impressão, aceitável, tenha sido fracota. Mas tive o cuidado de escolher duas
que não contivessem nenhum código visível: letras, sinalização de trânsito ou
quejando. Nenhuma indicação implícita ou explícita sobre sentidos de leitura.
Algumas discussões
em torno do assunto até que um dos presentes levantou-se lá do fundo,
aproximou-se de uma delas, olhou com cuidado e declarou com solenidade qual a
original e qual a invertida, num dos casos. E argumentou:
“Tem que ser esta,
ou estaria a vestir uma camisa de senhora, que abotoa ao contrário das dos
homens.”
Acho que vou ter
mais cuidado na escolha de fotografias numa próxima vez.
By me
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