O embate, na
esquina, até que nem foi muito forte. Mas barulhento e aparatoso foi, com
vidros a saltarem, air-bags a dispararem e gritos na rua.
Saíram, ele de um,
ela do outro, sem mais beliscaduras que as do susto e do amor-próprio, verificaram
danos e trataram de encontrar responsáveis. O outro, naturalmente.
Na busca de
argumentos, e esgotados os próprios, pergunta-me ele do outro lado da rua:
“Você viu tudo, não
foi? Foi ela que não parou e veio meter-se à minha frente, não foi?”
E eu, que tinha
mesmo visto tudo, pois aguardava vez e espaço para atravessar a rua, respondi:
“Pois vi! Vi que o
senhor vinha a olhar para o telemóvel e que não parou no sinal de Stop.”
Ela ficou com os
meus dados de contacto, mas não creio que venham a ser necessários.
A declaração amigável
acabou por ser preenchida, dando-se ele como culpado.
Espero nunca ver
algo mais que chapa batida e air-bags disparados!
By me
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