Só para que
conste:
Quarta-feira, 23
de Setembro, aproxima-se à velocidade normal: um dia a cada 24 horas.
E, acredito,
poucas serão as pessoas que notarão diferença entre esse dia e a véspera ou o
dia seguinte.
No entanto, os
antigos tinham-no como um dia especial, mágico, digno de figurar em relevo nos
calendários.
E era a tal ponto
importante que gastaram esforço e energia extraordinárias para erguerem
monumentos que perduram até hoje. Milénios passados.
Não sou crente em
qualquer divindade que não o universo de per si. Do qual cada um de nós faz
parte e que, por isso mesmo, é deus. Como diria Mike, “Tu é deus!”
E sei, ou julgo
saber, que ele – o universo – está em permanente desequilíbrio, nas suas contracções
e distensões. Desde quase sempre e até quase sempre. Tem, no entanto, momentos
de aparente equilíbrio, de aparente pausa, como que a tomar fôlego para
continuar a sua corrida até quase sempre.
Na próxima
quarta-feira, 23 de Setembro, acontece um desses momentos.
Ninguém dará por
isso, estou certo. O antes e o depois serão iguais ao agora e a vida continuará
como quase sempre. Excepto…
Excepto que a
partir desse momento, e durante seis meses, haverá menos horas de luz solar que
de noite fechada. Num dos hemisférios, pelo menos, que no outro será o oposto.
E se isso não for
importante para os humanos em geral e para nós fotógrafos em particular, não
sei que coisas importantes possam acontecer.
Na próxima
quarta-feira, 23 de Setembro, muita coisa acontecerá neste nosso pequeno mundo:
gente a nascer, gente a morrer, gente a apaixonar-se, gente a descobrir coisas
novas… para cada um em particular, esse dia será importante à sua maneira.
Mas comum a todos,
desde quase sempre e até quase sempre, será o Equinócio.
Celebrem-no, se
acharem que vale a pena celebrar o universo.
By me
Sem comentários:
Enviar um comentário