Há
certas coisas na vida que são como alguns casamentos.
Primeiro
vem a paixão. Intensa, por vezes a roçar o violento.
Depois
vem o amor. Suave, duradoiro, certo.
Mais
tarde pode surgir o hábito. Rotineiro, cinzento, inexpressivo.
Dele
advém o conflito. Mais exterior, as mais das vezes interior, só não mais manifestado
para não quebrar a rotina.
Segue-se-lhe
o confronto, aberto ou não tanto, desesperante.
Em
consequência o desejo: o desejo que tudo termine, rápido e sem mais confusões.
E
ele oscila entre o receio que aconteça e a vontade que se concretize.
Finalmente
a separação, pacífica ou nem por isso, pública ou bem privada.
E
o alívio com culpas atribuídas e algum remorso à mistura.
E
não! Isto não acontece apenas nas relações inter-pessoais!
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