terça-feira, 4 de agosto de 2015

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Há certas coisas na vida que são como alguns casamentos.
Primeiro vem a paixão. Intensa, por vezes a roçar o violento.
Depois vem o amor. Suave, duradoiro, certo.
Mais tarde pode surgir o hábito. Rotineiro, cinzento, inexpressivo.
Dele advém o conflito. Mais exterior, as mais das vezes interior, só não mais manifestado para não quebrar a rotina.
Segue-se-lhe o confronto, aberto ou não tanto, desesperante.
Em consequência o desejo: o desejo que tudo termine, rápido e sem mais confusões.
E ele oscila entre o receio que aconteça e a vontade que se concretize.
Finalmente a separação, pacífica ou nem por isso, pública ou bem privada.
E o alívio com culpas atribuídas e algum remorso à mistura.

E não! Isto não acontece apenas nas relações inter-pessoais!

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